A ideia inicial do projeto foi a de tentar suprir as necessidades dos usuários do campus que não são atendidas pela praça de serviços e/ou outras estruturas existentes. Após as entrevistas com estudantes e professores, chegamos às seguintes demandas: Estacionamento; Lojas (papelaria, gráfica, lanchonete); Vestiários; Banco 24h; Área de descanso em lugares abertos (perto da mata) e fechados.
Levando em consideração a problemática da necessidade de estacionamento e a teoria de “quanto mais ruas e estacionamentos, maior o trânsito”, percebi que ao invés de abir mais espaço para carros, deveria dar outras possibilidades de transporte dentro da universidade. Por isso, a demanda por estacionamento não foi atendida, dando espaço para um bicicletário.
Após a escolha das demandas, partimos para o planejamento dos espaços, suas necessidades e suas conexões . Segue o esquema feito:
Após analisar os possíveis espaços, analisamos o terreno: como ele é usado atualmente, incidência do sol, fluxo de pessoas, estruturas, etc. Este estudo foi importante para perceber e respeitar a dinâmica atual daquele espaço, como o fluxo de pessoas, que será mantida pelo objeto arquitetônico proposto.
Tendo claro a necessidade dos espaços e as características do terreno, procuramos obras análogas e referências. Na verdade, não encontramos nenhum projeto que atendesse todas as perspectivas analisadas, segue então projetos e soluções que atendem às áreas propostas para o terreno do campus.
O estúdio multisciplinar J.Roc Design, com sede em Bonston, desenvolveu uma proposta em madeira para valorizar uma cobertura subutilizada no extremo sul da cidade. Esta proposta ajudou a solucionar a questão das áreas de descanso não cobertas (perto das matas):
A Casa MS, assinado pelo Studio Arthur Casas, concilia a vista privilegiada dos bosques e de um extenso campo de golfe, com a busca por luz abundante, ao norte. Construído em Porto Feliz, interior de São Paulo, o projeto arquitetônico distribuiu os espaços ao longo do eixo latitudinal do lote de modo a aproveitar tanto a paisagem quanto o sol. Este projeto serve como referência ao aproveitar a luz solar e propostas de espaços abertos/fechados, assim como o requerido para o projeto do campus da UFMG, nas áreas de descanso aberto e de fluxo de pessoas.
O Hotel Mirante do Gavião no município de Novo Airão, no coração do Rio Negro, Amazonas, foi desenvolvido pela equipe do escritório de arquitetura Atelier O’Reilly Architecture & Partners Sustainable Strategies. Os chalés, elevados sobre pilotis, permitem a integração do hotel com a natureza, sem impermeabilizar o solo.
A Galeria Psicoativa Tunga, em Inhotim, é exemplo de espaço claro e com leve desnível, o que é essencial para o projeto do campus da UFMG. A claridade e o espaço livre são importantes para a área coberta, onde se localizará as lojas, área de descanso coberta e possibilitará o fluxo intenso de pessoas.
Com isso, chegamos no esboço do dimensionamento dos espaços e na possível planta de implantação:
Links das principais referências e projetos análogos:
http://www.inhotim.org.br/inhotim/arte-contemporanea/obras/galeria-psicoativa-tunga/
http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/studio-arthur-casas_/casa-ms/3758
Click to access Guia-bicicletarios-adequados-19-10-12-ACBC.pdf
http://www.dabus.com.br/blog/2014/10/5-dicas-de-arquitetura-corporativa-para-areas-de-convivencia/